Entre o visível e o invisível, real e ficcional, rotina e extraordinário, Natália constrói uma dramaturgia que nos transporta ao entremeio de duas cidades. A partir de suas caminhadas corriqueiras pela freguesia, no caminho para a escola do filho, a imigrante recém-chegada de Fortaleza (BR) explorava suas noções de pertencimento e estranhamento enquanto aterrava em solo estrangeiro. Através da personagem “Ariadna”, a artista revisita a interposição emocional de uma transição imigrante por meio de três contos que celebram o encontro do imaginário entre duas cidades-lares. Enquanto leva o espectador a passear pelo cruzamento de símbolos culturais de cada local – dos Dragões às praças das flores, de lá e cá – a artista navega pela toponímia de dois portos que se encontram em Campanhã.